domingo, 25 de março de 2012

Gratidão aos tantos

Eu estranho a beleza rítmica de Bastos Tigre
Sei dos versos rupestres que faço
Sei dos poucos contentamentos
Desígnio - é algo que me persegue,
deixo-o, deixo-o,
O corpo obeso.

À espera da ideia que a mim falta
Pois que falta alguém
Pois que falta me ver
Falta das tantas que tenho.

Ei de agora estontear,
minhas palavras de sempre,
novos cargos as te dei,
por desejar a morte na vida,
hoje desejo viver palavras de sempre,
na falta que elas fazem aos espaços.

                                    Lai Câmara 






domingo, 18 de março de 2012

Um dia você aprende

Apareceu a nova temporada depois de anos?
É bem assim a tal novidade, eles todos dizem: “ah, o tempo dos ahs!”
Escolheu o obscuro de tentativas envoltas em palavras
As tais, de defuntos de novas aureolas, de pestes infantis,
É o calabouço que me tranquiliza, e por tanto e tão talvez ruim, me tranquiliza e me paralisa ali.
Já é a geração das crianças dos vocabulários ilustrativos e dos neologismos: “Falta só um tanto de medo, por que você tinha tanto? ”

De qual medo tens falado, hoje só lhe vejo reclamar dos buracos e dos carros atolados em cada fundo alheio...
Ando, ando,e vejo, o teu sangue só não pára por que és feito de outros, outros vocabulários, outros tempos,

De esperar e de parar para ver a vida e se surpreender ao vê-la; vivendo.

                                                        Laís Câmara



domingo, 4 de março de 2012

Mais um Ai

                                              Para Petti


Tempo de nossos ais 
Foram tantos de suspiros, alertas, saudades,...

Trouxe em tal momento; um; nunca dito;
de amadurecido, caíra na falta então.

Um tisco só mais tarde,
Não numa dessas de domingo,
Nem na de nunca mais testemunhar...

Vai na vida desejosa por todos,
Vai no melhor da vida,
mas, vai como nós vamos e voltamos.

Antes, doa abraços de axé,
Olha com teus olhos de águia
E leva a leitura na fé!


                           Lai Câmara

sábado, 3 de março de 2012

Primeiramente

Primeiramente
Abri a porta
Desci as escadas
Voltei ao terraço
Lembrei dos sapatos – sempre saio descalço
Olhei suas narinas, limpas
Tentei ser teu verbo, discreto
Cantei a melhor canção, sorria então...

Espero que seja belo – o é
Espero que seja tosco, surpresa, sorrio do gôsto
Já tinha apreendido e aprendido Patrícia Lins
Constei e disse,assim como Sergio o disse: adnil !!!!! Vida!!!!!!

                                            Lai Câmara

sexta-feira, 2 de março de 2012

O Tal

A tal fé me aparece hoje
Viu o azul deste 02 de março?
Oh Deus! surpresa costumeira na tal expressão
Para tão novo céu azul ignoto!
Borrado por quase imperceptíveis brancos
Basta hoje, só ânimo...

Viu hoje??? O azul dos mais homogêneos?
Ignorei-o em teu poema
Mas fiz um só pra mim
Como ter algo perto do tal azul?
Tive várias respostas, deitei e usufrui.

                                     Lai Câmara