sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vagabundo Coração

Meu coração,
um dos tantos por qual me deixei inventar,
que nem coração é,
ah, não me conheci.

Do inventado facilitei minhas escolhas,
dificultei meus caminhos,
sentindo, tateando, provando, recusando e nunca pensando,
pois pensar me lembrava tristeza,
não via beleza.

Fugindo, querendo, o inventado,
presenteando cada presente vivido,
descartando quando pouco, para o porvir
espera, alcança meu destino,
escolhido por mim.

Risos olhares e desesperos,
escolhidos por mim,
aceito assim,
no coração estendido
secando ao sol e sumindo
o teu,o  meu, e surgindo,
um novíssimo triste sorriso...


                                                                                                             Laís Câmara


sábado, 24 de setembro de 2011

Olha o passarinho!

Igual aos peritos,
Centímetro a centímetro
Subtraio minha beleza
Nem sou o que o outro quer
Nem me deixo enxergar-me
Apago a luz, pois não sou assim,
Acredite em mim, eu acredito!
Não arroto,
Não faço cocô,
Nem tiro meleca,
Olha! olha o passarinho!
Espera! Encho meu sutiã, meus olhos e meus cabelos, e espero,
Outra; outra; outra; outra; outra; a melhor de todas!
 A melhor tentativa
Cheguei perto das “superiores”, espalho...
Não quero pedras, elas afastam meus amores,
Prefiro então a melhor, ou,
Cessar a luz, não ver o passarinho.
Esconder-me em meu ninho.

Laís Câmara

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Tempo todo

Tantas poéticas feitas, tristes – escritas - divertidas,


Intensamente, todas sentidas,


Tempestuosos momentos entre telas,


Tive teu existir trêmulo,


Toques transcendentais,


Tambores internos, alegremente fortes.




Tácito - Tu tens todo tempo... tic-tac, tic-tac, tic-tac,...




                                                                                                                                     Laís Câmara

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Pôr do Sol

                                              Imagem: Viriato Sampaio



PARA PALUMBO POETA
UMA GRATIDÃO ÀS SUAS...
Sol à vista,
Cor distinta
Esvoaçar redondo
Tremulo
Silencioso
Notar aos poucos
Recebendo
Impressão
Percepção
Escuridão momentânea
Nitidez ou cegueira
Insensíveis às mãos!?
Luz branca do sol
Entreguei-me
Guia meu silêncio...


Laís Câmara

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Coisas (...)

Algo que muitas vezes não prefiro atingir, dizer
Muitas vezes por enfurecer,entristecer e permanecer,
outras tantas para não as perder...

As dores que nos causamos, nos trazem coisas...
Há coisas que viram pedras, balões, sexo...
De tantas coisas viradas nomes
Alívios e sobrenomes novos

Tantas coisas a serem vistas
No olhar que lhe mira
Que os olhares por aí sinalizam
Novidades, igualdades, decadência, cores, ...

Há aqueles em que trazem coisas misteriosas
Dispersos de coisas
Gosto do que quase não se diz – aquelas coisas!

Laís Câmara

domingo, 4 de setembro de 2011

À LAÍS CÂMARA - pelo seu aniversário


Há dia em que as flores são Maravilhas
E belas Orquídeas aterrizam nos olhos
... Tulipas brotam entre margaridas
E a gente decifra a Flor de Lótus

Mas houve um dia em que nasceu feliz
Uma diferente Flor de Lis – baiana
Nascera humana desde sua raiz
E assim se diz de Laís Câmara

E crescera a criança que ainda é menina
Exímia companheira de seu tempo
A contento de uma vida que lhe instiga
E lhe pinta entre as flores de setembro

Ivone Alves Sol

Que nunca faltem flores nas manhãs de seus hojes!
PARABÉNS!!!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Encher a cara!

Antes, A.C. , bebida a canudinho de ouro!


Não, não chegue o povão!


Aristocratas sumérios bebiam cerveja,


“Piões” do antigo Egito estendiam o braço – levantavam pirâmides e


dividiam - cerveja.


Por 24 h, 5 litros, e a elite quis então?


Vinho!


Rei sepultado - embriagado com 26 jarras de vinho,


Tutancâmon além, vinho também,


Afrodite misturada, escolhendo o pinguço no jogo,


Roma de estratégias, oferecia ao avesso uma das suas iguarias


Pra ter na ressaca do Seu dia, o domínio...


Olha só, Santo Arnoldo, padroeiro da cerveja e


dos fies à igreja, curou na limpeza da bebida o que a água mole não possuía,


cessando peste negra.


Grandes Navegações da história enchiam o tanque,


muito mais água dura para os mares e marinheiros,


e gotas de água mole!


Cachaça e rum trocadas por escravos,


Vinho português querendo ser sempre Rei,


Alcoolismo. doença industrial, beber menos? Passar mal...


Explica os teus motivos também! bebe e enobrece os teus segredos!


Encher a cara e, apenas uma ressalva,


estava bebendo pô!












Laís Câmara