domingo, 12 de fevereiro de 2012

Solidão

Áspero beijo que me lasca a boca
E que de um repente sabe ser pungente,
Descasca cada aparição, provem do prazer,
Que de tão vívido, vai a qualquer espaço,
E do corpo que arrasto, vigor trago,
Não há (tempo) pra nada, entorto minhas articulações,
Arrepio, duplico minhas mãos e solto meus cabelos.
Descubro que por trás dos meus cabelos
Há um vigor que me ergue
Há um sorriso descontínuo.
Estalam os ossos desejosos,
Faz é tempo
Que meu sorriso não vem só,
Na memória da cabeça baixa
Que lembrava e aguardava.

É tarde, ainda; não escondo nenhum deles,
Ejaculando-os, assumo todos,
E sorrio aqueles mesmos sorrisos
Baixinho...



Laís Câmara

Nenhum comentário:

Postar um comentário