domingo, 22 de abril de 2012

É, eu gosto de mim!

   Eu gosto quando escrevo pra me defender, isso dá um alívio né? Como todo mundo deve ter, eu também tenho, dois lados, e quando o bicho pega de uma lado, eu corro pro outro; pra vocês entenderem melhor, quero dizer que deus nos presenteia com uma vida imperativa, que se esfrega diariamente em nossas primeiras partes, a gente tende a se espremer em algo que já foi e não olhar pra essa vida, pra ser vivida! Um adeus é dolorido, mas uma novo aconchego é acalanto, é aperto de mão e é sensação de companhia p qualquer hora, mesmo q só sensação, já é alivio p viver bem! Bom, como a gente tem nas vidas as histórias de tantos hein! Como a nossa vida não é só nossa! não é!? Como a gente se engana pedindo o afastamento, que é apenas o de corpo presente! Ah, isso não é possível, somos formados pelo outro, todo nosso organismo é matéria de tudo e em minutos você lembrará, sempre, você lembrará do outro lado! Mas a opção de não se espremer é sua, a opção de não se envergonhar, a opção é sempre sua, ou melhor, nossa, rs. É, eu gosto de mim...
                                     Lai Câmara 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Desculpa!

Mas; vc é um imprestável;  p q? P q tem o q se vende na praça, o que s pesquisa na net,  o que se saboreia no provar. Você empresta sensações mas cobra-as de volta, num bote covarde, você encolhe as incertezas e escolhe o universo, você empiricamente vive e a importância é apenas essa. Não divido muita coisa e isso é consequência do extremismo seu, você, no fim, é mais um, quando no início, foi uma fortuna necessária às tantas sedentas. Não, não, há tantas adjacências das que te indico, mas, mas meu caro, é hora de vomitar, uma angustia que você vai melodicamente ou não, vai se deparar... “quem vai chegando, vai ficando atrás”, aprendeu hein! Escuta mais, você gosta!!!!! O alívio vem ai NÉ? Você gostaaaaaa!!!!!! Mais p frente eu te prometo um arbusto absurdo, incompleto, é claro, mas um arbusto cheinhim de sensações que vou cobrar de volta, como o faço agorim!

Cheiro ...

De (s) culpa!

Lai Câmara

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Obrigada Manoel!


“Tenho o privilégio de não saber quase tudo.
E isso explica
o resto.”
Manoel de Barros

   Nas minhas perguntas de sempre, estive eu desde ontem na insistência de uma, o que falar/ouvir no dia do Índio? Ouvir os conteúdos “livrados”, enterrar o corpo na maldade histórica, assistir às reportagens atuais, deixa-los escolher, ..., cairia no de todo ano, talvez!
   Sim, porque além de poeta, sou professora de crianças em torno dos 9, 10, 11 anos. Então, ainda ontem, sem decisões mais concretas, resolvi antes do sono, que já era insistente, ler as minhas frases preferidas – as criadas pela poesia... Escolhi um livro que ainda não tinha começado, de um poeta que também conheço pouco, “Menino do mato” do Manoel de Barros, e que de tão confortante, fui ao extremo e perdi o sono. É bem, muita, verdade, que o livro é curto; curto como um caminhar de minutos que alivia toda a tensão de um dia, curto como o momento que você se livra por um instante de uma queda, curto como um sorriso tardio enviado a um rosto a pouco virado, curto como um sonho bom que acaba antes do fim, curto como o poema de uma palavra/frase apenas..., cheio dessas e de tantas observações do tempo das vidas...Ao final, no ultimo poema,  me vem a surpresa que inspirou meus alunos a criarem seus poemas, e a usarem todo o espaço reservado pelas escolas ao dia de hoje, ao dia do Índio. Assim que, pra minha imensa alegria, eles incorporaram o espírito infantil ao espírito de estudante; sim, pois Manoel de Barros é um menino, “o menino do mato”, a criança permanente nele, permaneceu em meus alunos.


Segue o poema de Manoel de Barros.

O primeiro poema:
O menino foi andando na beira do rio
E achou uma voz sem boca.
A voz era azul.
Difícil foi achar a boca que falasse azul.
Tinha um índio terena que diz-que
Falava azul.
Mas ele morava longe.
Era na beira de um rio que era longe.
Mas o índio só aparecia de tarde.
O menino achou o índio e a boca era
bem normal.
Só que o índio usava um apito de
Chamar perdiz que dava um canto
Azul.
Era que a perdiz atendia ao chamado
Pela cor e não pelo canto.
A perdiz atendia pelo azul.

Obs.: Postarei alguns dos poemas e/ou poemetos feitos pelos alunos...    

                                                                   Lai Câmara

domingo, 8 de abril de 2012

Abelhas (um disfarce de saudade)

                                                               Para Viriato Sampaio


Não bastava responder,
vieram elas àquele mesmo lugar
curioso as ver, e, saber,
sim, é um enxame sedento
abelhas que se tornaram substantivos próprios
num coletivo ao primeiro olhar comum
e na ordem curiosa dos olhares
desmedida proporção
agora, não ao impacto do box,
no agora, a ordem circular do chuveiro
na sede de água, de desespero,
sim, lembre-se, são substantivos próprios,
“essenciais”
que no gerar do Abelha
gera “enxame” de abelheiro
gera obreiras que de superpovoar teu discurso
em meu chuveiro, ainda em ordem imaginária,
vê uma sequência matando a sede...


                                                   Lai Câmara




domingo, 1 de abril de 2012

Prestes a acontecer


Vamos andante humorada
Das horas (...) são mais que suficientes
São complementos que insistes
E as nuvens estão bem ali
Sonorizadas por blues

Vamos pés descalços insistentes
Parceiros de sempre
Tua pausa é mui curta
Teu ir é imenso

Numa rua dessas que preferes andar
Há de encontrar as invenções copiadas
Com certeza você abraçará
E teu inferninho continuará

Hoje não é dia da desistência
Energia infalível aguarda tua sede
Vai se  preparando no primeiro passo às nuvens
 E depois volta, espero pra saber de mais uma história...



                                Lai Câmara