domingo, 11 de novembro de 2012


Medo de mim
Não carrego mágoas
Lembro só que as tais existem
Por supertições, apenas,
Prefiro lembra-las, apenas,
Mas na vontade, bem na verdade,
Queria carregá-las e esmagá-las em cada parte do cadáver
Como câncer que é consequência da crença supersticiosa
Na lembrança é que me satisfaço um pouco
Sou medrosa sim!
E sei do pior – que hoje – sobrou mesmo p mim...

Lai Câmara

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Deixe estar.....

Eu sempre acerto
E quanto ao tempo
Ele é mestre aprendido da vida
Felicidade pra quê?
Pra esvaziar minha casa de tristeza q já tarda
Porque não reclamo
Mas gosto da mudança irtervida das vidas de seus olhos

Gosto lá de fora
Mas discordo
Tenho sentido frio de arrepiar os mamilos
Espere um pouquinho

(...)
(...)
(...)

Bem que eu queria
Ao menos por um dia

(...)
(...)
(...)

Seriedade também..........

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Amizade

Eu te disse o indizível
Você ouviu!!!!!!
(...) momento feliz!
Apesar de não ser surpresa
Fiquei feliz
Você é muito mais pra ser só namorado
Você é solução
É
Amigo manutenção
É olhar de vagabundo
Toma meu verso de sempre, pra vida toda
As minhas palavras quase todas
Toma-as pra vocês (os que o cercam também)
Onde andam seus espinhos, nunca os vi porra?
Só os acompanho na mesmice masculina – que nada!
Viro é o rosto p isso
Uma parte que vai pra além
E de preguiça
Penso nada!!!!!
Nada,
Pra sorrir bem mais.....

                                                            Lai Câmara

terça-feira, 26 de junho de 2012

Tempo

Tem tempo pra envelhecer as ideias e desfrutar de tanta rebeldia
O que traz a mim do tempo é que faço da religião ou de minha cozinha
Outro tempo vem sempre carregado de tempos tantos que me fiz
Ele é bem certinho, é, igualzinho ao dos ponteiros,
parando quando do tempo,
voltando quando do atraso, atrasando quando do arrependimento.

Tempo é resposta, tempo é esperança, tempo é descarrego, tempo é averso de tanta mocidade!
Eu fui atrás do tempo pasto, e de start eu me deliciei,
No tempo do que mais se quer, eu carrego o tempo pra uns que de outros reclamam da falta de carrego também...
Volto ao tempo do de agora e tenho tempo também...
                                                             Lai Câmara

domingo, 24 de junho de 2012

Brisa

Pra perto da brisa homônima
Dos conteúdos curiosos
Do apego de olhar por baixo
Da espremida ferida

Brisa deperdiçada
Do João de cada um
Do São de falta de educação
Da mão na testa de preocupação

Ouve o sussurro da vida
Que de tanto sussurrar pros poetas
Tornou-se grito na mesmice

Toma conta da peste brisa
Da beleza aparecida
Eu vou lhe trazer meu limão
E você, me empresta meu coração?

                                Lai Câmara

sábado, 23 de junho de 2012

Minha afirmação

Parei de escrever pro tempo
achava que para tal
deveria surpreender,
pouco que fosse,
deveria descobrir meus buracos,
alcançando cada conhecido,
iria fingindo – tanta coisa,
só pra ser livre.

Por tudo isso, eu escrevia,
pelo riso,
pelo pouco lirismo,
pelo arrisco,
pelo que lá na frente
apago e minto.

Quero muito, mas ainda não consigo –
                                            arrancar o amor violentamente e morrer livre,
                                            pra minha própria vontade infantil.

                                                                            Lai Câmara

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Jú navegando (segundo ela)

...na tristeza está a minha mais plena felicidade...
...é que depois de tudo eu aprendi a chupar limão...


[chupei esse limão]
...qui dilícia...

terça-feira, 22 de maio de 2012

Sol - Ivone Alves

Num encontro de soluços
Foi num pulo destraído
Que o olhar das tuas palavras
Me doem na saudade
Na saudade dos teus soltos
Mais do que liberdade, soltos de particularidades
os cabelos

Ah! nossa e tua vida pouco vadia,
Olha o que me fiz do pouco que tive de ti
Ficou a sensação
Sem tempo suficiente pra saudade daqui
Ficou a sensação de lhe encontrar
Mas; apenas em meio à nossa escuridão... 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Não ria Maria!

Tenho inveja do que sou eu
Minha Maria é minha arte
Minha invenção de solidão
Minha escudeira imortal
Minha saudade ímpar

Não leve a minha Maria pra longe
Falsidade é covardia
Deixe isso p vizinha
Esqueça teu lado de conquistar

Queria lhe ver criar
Idealizar é pra famintos
A caçada foi minha
Esta é a minha Maria!

Maria, Maria, tu viu que agonia?!
Diz ao povo Maria
Da criação do criador,
Diz Maria...bem aqui....na minha poesia.....
Aos olhos da covardia!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Desperdício

...ando desperdiçando tempo, que hábito maldito...
desperdício é meu vício, sentindo, sentindo,
lembrando, socorro!
agarrando os pensamentos instantâneos,
e, no conforto do auxilio luxuoso
dum livro, dos objetos na feminina bolsa,
das feministas temporárias e tolas ...

domingo, 22 de abril de 2012

É, eu gosto de mim!

   Eu gosto quando escrevo pra me defender, isso dá um alívio né? Como todo mundo deve ter, eu também tenho, dois lados, e quando o bicho pega de uma lado, eu corro pro outro; pra vocês entenderem melhor, quero dizer que deus nos presenteia com uma vida imperativa, que se esfrega diariamente em nossas primeiras partes, a gente tende a se espremer em algo que já foi e não olhar pra essa vida, pra ser vivida! Um adeus é dolorido, mas uma novo aconchego é acalanto, é aperto de mão e é sensação de companhia p qualquer hora, mesmo q só sensação, já é alivio p viver bem! Bom, como a gente tem nas vidas as histórias de tantos hein! Como a nossa vida não é só nossa! não é!? Como a gente se engana pedindo o afastamento, que é apenas o de corpo presente! Ah, isso não é possível, somos formados pelo outro, todo nosso organismo é matéria de tudo e em minutos você lembrará, sempre, você lembrará do outro lado! Mas a opção de não se espremer é sua, a opção de não se envergonhar, a opção é sempre sua, ou melhor, nossa, rs. É, eu gosto de mim...
                                     Lai Câmara 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Desculpa!

Mas; vc é um imprestável;  p q? P q tem o q se vende na praça, o que s pesquisa na net,  o que se saboreia no provar. Você empresta sensações mas cobra-as de volta, num bote covarde, você encolhe as incertezas e escolhe o universo, você empiricamente vive e a importância é apenas essa. Não divido muita coisa e isso é consequência do extremismo seu, você, no fim, é mais um, quando no início, foi uma fortuna necessária às tantas sedentas. Não, não, há tantas adjacências das que te indico, mas, mas meu caro, é hora de vomitar, uma angustia que você vai melodicamente ou não, vai se deparar... “quem vai chegando, vai ficando atrás”, aprendeu hein! Escuta mais, você gosta!!!!! O alívio vem ai NÉ? Você gostaaaaaa!!!!!! Mais p frente eu te prometo um arbusto absurdo, incompleto, é claro, mas um arbusto cheinhim de sensações que vou cobrar de volta, como o faço agorim!

Cheiro ...

De (s) culpa!

Lai Câmara

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Obrigada Manoel!


“Tenho o privilégio de não saber quase tudo.
E isso explica
o resto.”
Manoel de Barros

   Nas minhas perguntas de sempre, estive eu desde ontem na insistência de uma, o que falar/ouvir no dia do Índio? Ouvir os conteúdos “livrados”, enterrar o corpo na maldade histórica, assistir às reportagens atuais, deixa-los escolher, ..., cairia no de todo ano, talvez!
   Sim, porque além de poeta, sou professora de crianças em torno dos 9, 10, 11 anos. Então, ainda ontem, sem decisões mais concretas, resolvi antes do sono, que já era insistente, ler as minhas frases preferidas – as criadas pela poesia... Escolhi um livro que ainda não tinha começado, de um poeta que também conheço pouco, “Menino do mato” do Manoel de Barros, e que de tão confortante, fui ao extremo e perdi o sono. É bem, muita, verdade, que o livro é curto; curto como um caminhar de minutos que alivia toda a tensão de um dia, curto como o momento que você se livra por um instante de uma queda, curto como um sorriso tardio enviado a um rosto a pouco virado, curto como um sonho bom que acaba antes do fim, curto como o poema de uma palavra/frase apenas..., cheio dessas e de tantas observações do tempo das vidas...Ao final, no ultimo poema,  me vem a surpresa que inspirou meus alunos a criarem seus poemas, e a usarem todo o espaço reservado pelas escolas ao dia de hoje, ao dia do Índio. Assim que, pra minha imensa alegria, eles incorporaram o espírito infantil ao espírito de estudante; sim, pois Manoel de Barros é um menino, “o menino do mato”, a criança permanente nele, permaneceu em meus alunos.


Segue o poema de Manoel de Barros.

O primeiro poema:
O menino foi andando na beira do rio
E achou uma voz sem boca.
A voz era azul.
Difícil foi achar a boca que falasse azul.
Tinha um índio terena que diz-que
Falava azul.
Mas ele morava longe.
Era na beira de um rio que era longe.
Mas o índio só aparecia de tarde.
O menino achou o índio e a boca era
bem normal.
Só que o índio usava um apito de
Chamar perdiz que dava um canto
Azul.
Era que a perdiz atendia ao chamado
Pela cor e não pelo canto.
A perdiz atendia pelo azul.

Obs.: Postarei alguns dos poemas e/ou poemetos feitos pelos alunos...    

                                                                   Lai Câmara

domingo, 8 de abril de 2012

Abelhas (um disfarce de saudade)

                                                               Para Viriato Sampaio


Não bastava responder,
vieram elas àquele mesmo lugar
curioso as ver, e, saber,
sim, é um enxame sedento
abelhas que se tornaram substantivos próprios
num coletivo ao primeiro olhar comum
e na ordem curiosa dos olhares
desmedida proporção
agora, não ao impacto do box,
no agora, a ordem circular do chuveiro
na sede de água, de desespero,
sim, lembre-se, são substantivos próprios,
“essenciais”
que no gerar do Abelha
gera “enxame” de abelheiro
gera obreiras que de superpovoar teu discurso
em meu chuveiro, ainda em ordem imaginária,
vê uma sequência matando a sede...


                                                   Lai Câmara




domingo, 1 de abril de 2012

Prestes a acontecer


Vamos andante humorada
Das horas (...) são mais que suficientes
São complementos que insistes
E as nuvens estão bem ali
Sonorizadas por blues

Vamos pés descalços insistentes
Parceiros de sempre
Tua pausa é mui curta
Teu ir é imenso

Numa rua dessas que preferes andar
Há de encontrar as invenções copiadas
Com certeza você abraçará
E teu inferninho continuará

Hoje não é dia da desistência
Energia infalível aguarda tua sede
Vai se  preparando no primeiro passo às nuvens
 E depois volta, espero pra saber de mais uma história...



                                Lai Câmara

domingo, 25 de março de 2012

Gratidão aos tantos

Eu estranho a beleza rítmica de Bastos Tigre
Sei dos versos rupestres que faço
Sei dos poucos contentamentos
Desígnio - é algo que me persegue,
deixo-o, deixo-o,
O corpo obeso.

À espera da ideia que a mim falta
Pois que falta alguém
Pois que falta me ver
Falta das tantas que tenho.

Ei de agora estontear,
minhas palavras de sempre,
novos cargos as te dei,
por desejar a morte na vida,
hoje desejo viver palavras de sempre,
na falta que elas fazem aos espaços.

                                    Lai Câmara 






domingo, 18 de março de 2012

Um dia você aprende

Apareceu a nova temporada depois de anos?
É bem assim a tal novidade, eles todos dizem: “ah, o tempo dos ahs!”
Escolheu o obscuro de tentativas envoltas em palavras
As tais, de defuntos de novas aureolas, de pestes infantis,
É o calabouço que me tranquiliza, e por tanto e tão talvez ruim, me tranquiliza e me paralisa ali.
Já é a geração das crianças dos vocabulários ilustrativos e dos neologismos: “Falta só um tanto de medo, por que você tinha tanto? ”

De qual medo tens falado, hoje só lhe vejo reclamar dos buracos e dos carros atolados em cada fundo alheio...
Ando, ando,e vejo, o teu sangue só não pára por que és feito de outros, outros vocabulários, outros tempos,

De esperar e de parar para ver a vida e se surpreender ao vê-la; vivendo.

                                                        Laís Câmara



domingo, 4 de março de 2012

Mais um Ai

                                              Para Petti


Tempo de nossos ais 
Foram tantos de suspiros, alertas, saudades,...

Trouxe em tal momento; um; nunca dito;
de amadurecido, caíra na falta então.

Um tisco só mais tarde,
Não numa dessas de domingo,
Nem na de nunca mais testemunhar...

Vai na vida desejosa por todos,
Vai no melhor da vida,
mas, vai como nós vamos e voltamos.

Antes, doa abraços de axé,
Olha com teus olhos de águia
E leva a leitura na fé!


                           Lai Câmara

sábado, 3 de março de 2012

Primeiramente

Primeiramente
Abri a porta
Desci as escadas
Voltei ao terraço
Lembrei dos sapatos – sempre saio descalço
Olhei suas narinas, limpas
Tentei ser teu verbo, discreto
Cantei a melhor canção, sorria então...

Espero que seja belo – o é
Espero que seja tosco, surpresa, sorrio do gôsto
Já tinha apreendido e aprendido Patrícia Lins
Constei e disse,assim como Sergio o disse: adnil !!!!! Vida!!!!!!

                                            Lai Câmara

sexta-feira, 2 de março de 2012

O Tal

A tal fé me aparece hoje
Viu o azul deste 02 de março?
Oh Deus! surpresa costumeira na tal expressão
Para tão novo céu azul ignoto!
Borrado por quase imperceptíveis brancos
Basta hoje, só ânimo...

Viu hoje??? O azul dos mais homogêneos?
Ignorei-o em teu poema
Mas fiz um só pra mim
Como ter algo perto do tal azul?
Tive várias respostas, deitei e usufrui.

                                     Lai Câmara



domingo, 26 de fevereiro de 2012

Despedida

                                               Para Ivone Alves Sol


Arruma a casa minha preta
Chegou o tempo de encontrar os perdidos
De enxergar o quebrado
De não trocar o tecido, que o tempo teceu e você achou defeito,
O tempo da ilusão, que é o falso amor,
Detalhe que o nosso coração infantil esqueceu.
Mas as vidas vão lembrando
Do imperfeito e belo amor que hoje é seu
Escolheu, deu todas as cartas, já tinha dado, sabia;
Deixa agora no limão que isso sim é solução,
Você é esperta minha preta,
Vale mais tudo isso, nenhuma frase das que foram ditas,
Nenhuma das que pensas em dizer,
Só uma tem melhor tradução:
Continua no choro descontrolado da emoção!


Laís Câmara

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Solidão

Áspero beijo que me lasca a boca
E que de um repente sabe ser pungente,
Descasca cada aparição, provem do prazer,
Que de tão vívido, vai a qualquer espaço,
E do corpo que arrasto, vigor trago,
Não há (tempo) pra nada, entorto minhas articulações,
Arrepio, duplico minhas mãos e solto meus cabelos.
Descubro que por trás dos meus cabelos
Há um vigor que me ergue
Há um sorriso descontínuo.
Estalam os ossos desejosos,
Faz é tempo
Que meu sorriso não vem só,
Na memória da cabeça baixa
Que lembrava e aguardava.

É tarde, ainda; não escondo nenhum deles,
Ejaculando-os, assumo todos,
E sorrio aqueles mesmos sorrisos
Baixinho...



Laís Câmara

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Silêncio de antes

Eu escolhi sim,
Os mais belos olhares
Os mais perfeitos carinhos
Os mais dos mais (in)existentes.
É gratidão meu caro!
Tenho como pagar,
Mas resguardo, rasgo e escolho viver
Restando gratidão das imensas
Guardando do jeitinho bom,
De sabor de chocolate sim!
Presente é tua vida
Que entrego com energia
Suficiente, acredite...
Lembra do silencio de antes?
Esperto que é, ele silencia,
Sabe que não pode medi-las.
É a poeta das palavras inúteis
E dos sentimentos inconcretos
Sim, porque os vejo, os toco, os cheiro por aí,
Mas ...; grata, por me dares a chance
 de proteger este amor!


                                                       Lai Câmara

domingo, 8 de janeiro de 2012

Os dedinhos do facebook

Obs. pré-leitura: o texto não tem um pensamento encerrado, uma conclusão, espero sua colaboração, ou melhor, bem melhor, faça o que quiser, não me esforcei pra isso, rs...grata felicidade!

Hoje, estava a observar os tais dedinhos do facebook, e em uns deles estava o desabafo de Silvia, alguém que sempre postava o que os outros queriam que ela fosse, pois bem, hoje, seus dedinhos não suportaram mais, hoje ela dasabou, chegou ao luto, se sentiu incapaz e o mais belo, se assumiu assim. Neste momento, tive uma primeira conversa com ela, com a Silvia que nunca deixam respirar, com a Silvia que ela não gosta, hoje, conversei com a mulher que se assume pecadora, viva de vontades e desejos, que pulou da ficção para a realidade e que sofre, sofre bastante por se assumir assim. O que há de bom nisso? ...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
Veja que perguntei o que há de bom, sim, o que há de bom?

Tudo!

Silvia, poderia ter te dito tanto ainda, ao ponto de... sei lá o que, rs, mas, olha, ouça, leia, viva. Somos os únicos animais que vivem fuçando e controlando nossos instintos, ou melhor, nossos sentimentos e desejos, não podemos querer muita coisa, porque existem outras que nos querem, nem nos é permitido entender o por quê que desejamos o que é nosso, é pecado, deve-se recolher em si esses desejos de sermos nós. Filhos, pais, padres, pastores, televisão,..., sejamos eles, sejamos pra eles. Porém, pensemos, o que a moral e a religião tem em comum com a realidade de nós? Nadaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, é tudo ficção para controlar o naturalmente vívido em nós! E decaímos, e nos deprimimos, e somos tomados pela compaixão alheia, que é outra doença, que adoece a todos e deixa a todos controlados pela ilusão do bem, que só se vive pelo esforço do bem ao próximo...

sábado, 7 de janeiro de 2012

Poema Limpo

Peço licença a Ferreira Gullar para dedicar esse poema a Laís Câmara. 
Espero que ambos gostem...


Tenho para te dedicar palavras belas

Da Bahia que conheci por ti, por dentro 
Sou agora nessa rede, que balança
Ao vento...
Maria que te vejo da sombra de um coqueiro 
Sempre com olhar distante, nunca vendo
Ter mais que tempo para te conhecer
 

Como é você se não te conheço?
Já te vi com pressa e sem medo
Já te vi com pressa e desejo 
Já te vi sempre sorrindo 
Já te vi...
 

“Por favor” me encante baiana 
Você tem ímpeto de flor do sol
Com seu – “me deixe” “me peque”
Me solta para o mundo com seu amor
 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sejamos "teimosos"


Marcadas pelo tempo, são as ações infantis, forçadas por algo teimoso nomeado por curiosidade, esta é uma bela mola que vai sendo relaxada por nós, sociedade, por puro egoísmo, por puro ímpeto do poder, por pura justificativa “carinhosa” de ser criança. Mas não será o agora o momento de sempre? Viver para as crianças é o sempre, sempre é hora de subir a escada, o muro, a árvore, sempre é hora de fuçar a areia, como cachorro, de observar o atos e palavras que circulam, sempre é hora de viver para surpreender os bobos adultos, que dizem: - Mas é inteligente, como aprendeu??? “meninas são tão mulheres, seus truques e tentações”. A vida está recheada de vida, e de tudo do que NÓS queremos que elas aprendam, e de tudo que ELAS querem viver, e nem de um, nem de outro querer, permitimos, na íntegra, que as crianças peguem, cheirem, ..., usem como quiserem.

Pode pensar! (onde andam os limites então?). Eu respondo sem pensar (rs): - Neles! O limite está neles!



Não gosto da palavra APRENDER, quem aprende, aprende algo ensinado, tenho preferência pela palavra VIDA(VER), e entendo que ela é particular demais, apesar dos demais que a cercam, a vida é feita através da natureza, do corpo, do cérebro que é particular, de como os neurônios vão se alongando...Concordo bem com Nietzsche (desculpa Viriato, mas tive que citar :/ , apesar de saber que você não tem problemas com isso, a ciência me ENSINOU a ponderar, rs) “Deus morreu! É a vez do homem, melhor, do super-homem!”

Obs das mais relevantes, porém a cada dia diminuída, como a fonte desta: sou relaxadora de molas também...fazer o que? Deixar-se e deixar VIVER!


Laís Câmara